quarta-feira, 9 de maio de 2012

Sempre alguma coisa

Eis que o tempo passa ensolarado, quente, suado. Pouco vento, sempre empoeirado. Prefiro o cinza frio do sul. O frio das palavras secas como vento e folhas de outono, não. Prefiro os campos verdes, o pasto imenso, a garoa molhada, o coração florido, o estômago borboletado, pêlos ouriçados. Pra onde foi? Pra onde fui? Pra onde fomos? Eu tu nós. vazio. Acho que viajar pra longe faz sentir saudades, quem sabe seja isso. Mas sinto palavras me arrombando os lábios porque não saem de dentro. Não vou mentir, nem gritar, nem descabelar. Nada. Só vou ficar aqui sentindo esse alguma coisa que me entristece. Esse alguma coisa com vontade de sentir Esse alguma coisa que espero sempre.